Capítulo 1

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Por muitos milênios ante mesmo da existência da sociedade atual, diferentes culturas atribuíram diferentes significados à diferentes animais. Os corvos eram tidos como "mensageiros da morte", as cobras eram tidas como "mensageiras de maus presságios", as corujas eram tidas como "mensageiras dos espíritos", os morcegos eram tidos como "mensageiros de derramamento de sangue", as aranhas eram tidas como "mensageiras do futuro" e as raposas eram tidas como "mensageiras da floresta". Estas criaturas misteriosas e ao mesmo tempo majestosas aos olhos de quem lhe admiravam ainda possuem significados parecidos dentro do círculo das bruxas.

Para as mesmas, o corvo sempre foi um símbolo de sabedoria, e também o brasão de uma das famílias mais antigas e respeitadas dentre os outros clãs. Estes possuíam o conhecimento da antiga, e quase perdida, arte da necromancia. Sempre vivendo quase que ao topo, esta família raramente intervem nos assuntos das outras famílias. Sendo assim, não se esperaria menos de sua herdeira do que a completa perfeição.

E assim, a garota que nasceu no topo desta hierarquia frágil aprendeu tudo de necessário para comandar o círculo, desde a sua história e formação até todos os tipos de feitiços e magias, tendo que tê-los decorados desde criança.

Ela que nasceu com os cabelos louros do pai e os olhos azuis pálidos da mãe nunca realmente se atentou para o mundo ao lado de fora das grandes e vetustas muralhas da mansão na qual a família vivia. Sempre quieta e geralmente com pelo menos um livro ao seu lado, a garota cresceu reclusa do mundo humano assim como grande parte das outras bruxas que nasciam em famílias importantes. Esta era uma forma de esconder a existência de magia do mundo humano, e por isso, até os 15 anos, todas as jovens bruxas deveriam se separar do mundo humano.

Mas nada era assim tão simples, esta vida não era como nos programas de televisão ou livros batidos. Ao chegar à marca dos 15 anos, todas as crianças nascidas dentro do círculo passavam por rigorosos testes para provar sua força e inteligência, nada além de uma demonstração de seus poderes, o quanto aprenderam nestes poucos anos de vida. À princípio, os testes eram nada mais do que simples feitiços ao qual todas as bruxas deveriam ter aprendido muito cedo em suas criações. No entanto, o último teste não poderia ser algo tão simples. As garotas eram forçadas à ficarem seclusas por uma semana dentro da velha mansão do círculo, adornada de grandes quartos e mobilhas velhas. Tudo isso enquanto sua "arena" se encontrava no porão da casa. Seu último desafio era contra um de seus inimigos mortais, um lobisomem de puro sangue e vivo. As mesmas não precisavam matá-lo, apenas contê-lo de qualquer forma possível por um único minuto. Este era seu último teste.

Todos estes testes que poderiam parecer sem sentido algum, na verdade era a melhor forma de calcular o poder de cada uma das meninas antes de finalmente receberem seus próprios sigilos. Uma marca mágica feita em suas nucas, quase como uma tatuagem, a mesma era feita com uma tinta infundida com magia, sua cor azul facilmente desaparecia após algum tempo na pele das garotas. Este sigilo no entanto, não era apenas um símbolo do círculo, o mesmo continua metade do poder das garotas, aquela era uma forma de conter os surtos e perdas de controle que antes afligiam o círculo.

Uma vez que o ritual era concluído, raramente as mesmas tinham tais surtos ou perdiam o controle dos próprios poderes, e por mais que pudesse parecer algo incomodo em casos de emergência, as mesmas também deveriam aprender à controlar seus sigilos com o intuito de liberar parte deste poder resguardado quando necessário.

Após seus longos períodos de exclusão da sociedade, em sua maioria, as garotas não tinham nenhum problema em se reconectar com as pessoas à sua volta. Mas esta não foi a realidade da herdeira deste clã que carregava tanto prestigio e respeito. Mesmo escondendo os resquícios de seu sigilo e tentando ao máximo copiar os colegas à sua volta, ela ainda não conseguia se incluir nos grupos, ou talvez ela apenas não conseguisse se importar com os humanos à sua volta. Ela via os humanos apenas como o rebanho de ovelhas perdidas que não faziam a menor das ideias do que acontecia por trás das finas cortinas que os separavam do mundo de escuridão e mentiras do qual ela pertencia.

Entre as criaturas sobrenaturais temos o que as bruxas veem como seus completos contrário. Uma raça de seres sobrenaturais mais conhecidos como lobisomens. Os dois tem uma longa história de conflito e guerra entre si, o que hoje em dia, se dissipou em histórias, mas não faz com que o ódio entre eles seja menor. Dentre estes, os mais problemáticos sempre foram os mais novos, os filhotes, como as bruxas os apelidavam, sempre os mais rebeldes. Com seus sentidos aguçados eles podiam sentir o cheiro de magia que emanava das bruxas mais novas para lhes atacar, alvos fáceis por não saberem como se defender. E Logo após ter recebido seu sigilo, este cheiro emana com ainda mais força de seus corpos jovens, o que tornava a caçada ainda mais fácil, fracas, sem saberem de absolutamente nada. A presa perfeita.

Mas está história não é sobre qualquer simples bruxa, Krahe a única filha vinda do clã dos corvos havia sido a única restante após o massacre durante os seus testes. Uma das correias havia se partido, e então, oo furioso lobisomem de puro sangue continuou por devorar a maior parte das garotas que lhe encaravam em puro terror. Aquele não era o mundo à qual eles vivam, lobisomens eram nada mais do que animais não eram? Eles não deveriam poder se voltar contra nós, não era? Mas enquanto suas partes mutiladas e sangue parecia voa para todos os lados, ela apenas observava. Krahe não tinha nenhum sentimento quanto à suas colegas, e tudo que ela via era a escória do mundo mágico, um cão vira-latas que mordia a mão que lhe alimentava. Durante todos os anos dos quais haviam registrados pelo círculo, ela havia sido a única capaz de não apenas restringir a criatura que era pelo menos três vezes maior do que ela mas também matá-la em pouco tempo.

Muito diziam ser apenas um erro, uma lenda, não teria como, mas sua linhagem com certeza se mostrava forte na garota.

Seu pai era um dos herdeiros do segundo clã mais poderoso entre o círculo, o clã das cobras, conhecidos por suas maldições quase que inquebráveis. Enquanto sua mãe era a única filha da bruxa que foi conhecida como a mais forte de todo o círculo, então ninguém estava esperando menos de uma criança que dividisse o sangue com tais pessoas tão importantes.

E muito pelo contrário do que muitos pensam sobre está estranha união de famílias, aquele não havia sido um casamento arranjado de forma alguma, na realidade as duas família nunca foram amigáveis entre si. Os dois haviam se apaixonado muito antes, em uma época de guerra e perseguição, uma longa e sanguinária caça contra as bruxas. Blume, mãe da garota, já havia presenciado a morte de muitos tanto em sua própria família quanto fora da mesma, alguns afogados, outros levados à fogueira, as barbaridades haviam sindo rampantes. Com medo da própria morte à qual, ironicamente, era o que havia aprendido a controlar pelas leis de sua família, ela se escondeu no porão. Ela nunca Havia sido tão forte quanto sua falecida mãe, Samen, a comparação entre as duas sempre resultava em algo negativo. Mas ali, no porão da grande mansão ela ficou, por dias incontáveis, apenas tremendo e com medo do que poderia estar acontecendo logo acima sua própria cabeça.

Natter, no entanto, era o filho mais velho do clã das cobras, o massacre já havia terminado e ele procurava por quaisquer resquícios e rastros que pudessem apontar à sobreviventes. Ele já havia revirado todos os cômodos da grande mansão quando finalmente à encontro encolhida e escondida na entrada para o porão.

Blume estava paralisada apos ter ouvido os sons sob sua cabeça, sem saber que aquele poderia ser um amigo ou inimigo ela abriu um grande sorriso, o de mais pura felicidade e alívio ao ver que não havia sido um humano que á encontrá, e que aquele, em fim, não seria o dia de sua morte, ainda.

Com as ruínas de sua família à suas costas, não levou muito tempo antes que a mesma começasse a viver em território "inimigo". Mas viver entre o clã das cobras era algo estrito e os mesmos esperavam nada da "sombra de Samen" como a maior parte do círculo à chamava a esse ponto. Este feito causou um grande alvoroço entre o círculo à principio, mas não havia muito à ser feito. Mas a noticia da gravidez da garota não foi levada em vão. "Antes mesmo de se casar?!" as anciãs exclamavam em seu rosto, mas aqueça poderia ser a única salvação de seu clã.

Mas Natter era o filho mais velho entre cinco outras irmãs, ele era considerado o protetor da casa, e com isso, seu casamento com a Blume não foi aceito de forma amigável pelo resto de seu clã. Mesmo que ela fosse a filha de Samen, todos sabiam que ela não era a melhor das bruxas, na verdade, por muito tempo havia sido colocada por muitos como nada mais do que a unha de sua mãe pela sua falta de poder e controle sob o arcano. Ela nunca havia manchado o nome de sua família antes, mas ainda assim seus poderes eram um tanto quanto limitados para alguém de tal classe.

Desta inesperada relação veio Krahe, a única filha dos dois. Logo que a pequena menina nasceu, o clã das cobras rapidamente se calou. Em seus primeiros dias de vida, as anciãs já podiam sentir uma aura mágica muito maior do que o normal emanando da menina, o que era algo quase que impossível tão cedo após seu nascimento, e pouquíssimas bruxas haviam apresentado tal fenômeno antes, e todas haviam se tornada líderes do círculo em alguma parte de suas vidas. O ritual pelo qual as anciãs "mediam" tal poder era como um tipo de batismo mágico. As quatro anciãs visitavam a casa aonde o bebê havia nascido e queimavam várias folhas medicinais em torno de seu berço, e fumaça que as ervas criavam se tornavam formas de diferentes animais, significando seu sangue e seu clã e estes animais despertavam a aura mágica da criança que logo era avaliada. Quanto mais forte fosse o sinal que a aura pudesse emitir, mais forte a bruxa seria em sua vida. Com Krahe, durante seu ritual tanto os corvos quanto as cobras se levantaram da fumaça, algo quase nunca nunca visto e um tanto quanto extraordinários para as anciãs, mas sua aura o que havia lhes chamado mais atenção ainda, ela era já era mais do que visível em apenas alguns dias de vida. Entre o círculo um rumor já havia se iniciado, talvez tivesse começado como uma piada, ou uma lenda. Mas todos acreditavam que a garota havia recebido os poderes de Samen, e talvez mais alguma coisa da família do pai.

Muitos duvidavam de tal teoria sem puro lógica alguma. No entanto, logo que Krahe começou à cresce os traços mais óbvios de Samen começaram a ser mais presentes e óbvios, com até mesmo sua própria mãe se assustando as vezes. Sua personalidade um tanto quanto reclusiva, seu interesse incessante pela necromancia, sua afinidade com a mesma, tudo era um tanto quanto extraordinário. E talvez, até de mais.

Durante seu teste a mesma estava calma como nunca, ao lado de todas as garotas, algumas chegavam à desmaiar antes mesmo de seu começo. E mesmo considerando seu desempenho extraordinário, todos ali sabiam que tudo aquilo era apenas parte do que a garota sabia, nada além de fumaça e espelhos para escolher uma realidade talvez um pouco mais aterrorizante. Sua ideia nunca havia sido assustar a concorrência de qualquer forma, afinal, logo ela estaria bem longe daquele lugar. Se mudando junto aos pais para uma cidade no interior. Uma antiga sede do círculo, uma das cidades em que a caçada foi mais do que devastadora. A velha mansão ficava nas montanhas e era um tanto quanto espaçosa. Antes das caçadas havia sido utilizada como "laboratório" por outras três bruxas consideradas anciãs em seu tempo. Mas nada delas havia sido encontrado entre o que se sobrou da mobília e livros, todos acreditavam que elas tivessem sido mortas durante a inquisição, mas ainda assim, de alguma forma, a mansão continuava quase que intacta. Este era todo o motivo pelo qual eles estavam se mudando para tal lugar estufado e mofado, seu pai era quase como um historiador, era sua tarefa conseguir conectar os pontos entre a antiga sociedade das bruxas, a inquisição, o novo círculo. E aquela mansão parecia ser a peça final de seu grande quebra-cabeça de datas e nomes.

No entanto, para a população a mansão ainda existir era um fato um tanto quanto estranho, sendo considerada como "assombrada" ou "amaldiçoada" pela maior parte dos locais. Locais que eram constituídos em sua maior parte por lobisomens meio-sangue.

A maior diferença entre um puro-sangue e um meio-sangue é, num geral, sua força.

A maior diferença entre um puro-sangue e um meio-sangue é, num geral, sua força. Enquanto os primeiros eram fortes e muito maiores, os outros possuíam apenas metade de tal força e tamanho, por isso boa parte dos meio-sangue acabavam se formando em bandos, geralmente vistos pelos locais como nada além de gangues de adolescentes. Realmente, era algo ariscado se mudar para tal lugar claramente dominado pelo inimigo, mas por algum motivo, todos estavam calmos. Até mesmo Blume que normalmente se preocupava com todos os mínimos detalhes de qualquer coisa parecia calma e composta. Afinal, Krhe não havia tido tantos problemas com a sociedade humana até o presente momento, e seus treinamentos seriam muito melhores em lugar como aquela mansão, todos os livros de feitiços que precisariam estavam ali, e não havia chance alguma de lavá-los para fora da cidade, o círculo parecia rodear aquele lugar como uma mina de diamantes, sem nenhum motivo muito aparente.

Mas a cidade não era nem um pouco como a garota estava esperando, tudo á sua volta eram um tanto quanto... normal? Os prédios eram exatamente como ela já havia presenciado em qualquer outro lugar ao qual esteve, nada ali lhe chamará a atenção de forma alguma, se não fosse pelo grande número de meio-sangues enchendo as ruas à sua volta. "Normal" era a única palavra que ela conseguia usar para descrever tal cena, e ainda assim nada parecia ser realmente tão normal quanto na superfície.

Seu primeiro dia de aula se iniciaria no dia seguindo, e com o pouco de tempo que ela tinha, seu quarto parecia o lugar mais seguro e confortável, longe de todo o estresse e das mudanças que estavam acontecendo à sua volta As caixas lhe prendiam em um espaço ainda menor do que o quarto já disponibilizava antes, mas aquilo lhe confortava. Se sentando na antiga cama ela olhou à sua volta, reconhecendo seu mais novo ambiente, provavelmente onde passaria a maior parte de seu tempo, e talvez uma boa parte de sua vida quanto adolescente. A cama ocupava uma grande parte do espaço, seguido pela escrivaninha e o guarda-roupas. A única outra porta á qual tinha acesso era a do banheiro logo ao lado direito de sua escrivaninha. A pequena varanda que sentava quase ao meio da parede seguinte, a mesma da cabeceira de sua cama havia sido adornada por portas de vidro que podiam ser trancadas apenas por dentre. Tudo ali era tão novo aos olhos da menina, e ainda assim existia uma estranha sensação de familiaridade, como um certo ar de nostalgia. Mas Krahe queria qualquer coisa que não fosse sentir. Durante toda a viagem seu coração não se acalmava, ela não tinha o menor medo dos meio-sangue, este não era o problema, mas ainda todos seus sentidos gritavam em alerta. A grande casa escondida por entre as árvores possuía um tamanho estranhamente extraordinário para algo que devesse se mesclar por entre a natureza.

A inquietação de seu ser começava a lhe incomodar enquanto tentava tirar todas as suas tralhas de dentro das enormes caixas espalhadas pelo chão de seu pequeno quarto. E com um suspiro de derrota, a mesma se viu andando pelas antigas escadarias e corredores, se movendo como um animal pela escuridão que agora permeava por todas as janelas. Grandes pinturas decoravam a maioria das paredes daquele estranho lugar, pinturas que pareciam muito mais antigas do que a própria casa, mal algumas a mesma podia reconhecer dos contos de seu pai. Antigas bruxas, conhecidas pelo seu poder, liderança e feitos dentro do círculo. Talvez uma visão normal dentro dos pontos de encontro do círculo, e ainda assim era como se todos os olhos cuidadosamente pintados em suas centenárias telas estivessem a fitar Krahe fixamente, julgando cada um de seus pequenos movimentos entre a escuridão.

Todos eles pareciam levá-la até uma grande porta de madeira grossa, e muito mais antiga do que todo o resto do local. Ao tocá-la com um de seus dedos finos na maçaneta, ela pode ouvir a voz ecoante de seu pai vinda do outro lado do corredor, "Esta porta está trancada, querida. Ainda não conseguimos encontrar a chave.", suas palavras calmas pareciam agastar os olhares que antes estavam nas costas da garota. E com um último olhar fitante, a mesma virou suas costas para a enigmática porta que parecia chamar seu nome em estranhos sussurros de uma língua morta.

Mesmo depois de um jantar um tanto quanto calmo, seu corpo parecia tenso e sem conseguir descansar entre as estranhos paredes que lhe cercavam Krahe se revirou na grande cama por algumas horas antes de finalmente desistir e se levantar novamente. Desta vez caminhando até o pátio ao fundo da casa. O jardim descuidado se expandia à sua frente, e o frio cento da floresta se roçava pelos seus braços e pernas descobertos. O fino vestido de linho branco que cobria o resto de seu corpo parecia muito mais leve ao vendaval que lhe cercava. E mesmo do lado de fora de casa ela ainda podia sentir a estranha presença que parecia morar sob seu ombro. Nada que a mesma fizesse afastava tal sentimento da frente de sua mente, e menos ainda parecia afastar a estranha presença que lhe seguia. Muito antes de se dar conta, no entanto, o cansaço finalmente alcançou seu magro corpo, e como um estranho feitiço caindo sob seu corpo, a mesma deitou novamente na grande cama que lhe esperava, lhe seduzindo com seu conforto e calor como se aquele não fosse o lugar onde ela estava logo antes. Tudo parecia mais confortável, mais leve, como se seu corpo estivesse infinitamente caindo sob as macias nuvens que lhe cercavam.

Seus sonhos no entanto não compartilharam da mesma doçura que seu corpo. A floresta à sua volta se retorcia e revirava, os longos galhos das árvores agora completamente mortas se entrelaçavam entre os membros da garota enquanto brilhantes olhos amarelos como a lua cheia lhes encaravam pelo denso matagal. Mas não existia medo nenhum ali. Nada que ela pudesse apontar como um sentimento negativo. Era a estranha calma que lhe incomodava, porque raios ela não ligava para os afiados galhos que rasgavam seus pulsos e tornozelos? Todas as estranhas coisas acontecendo à sua volta pareciam nada além de mais um dia, nada fora do normal. A uma palavra que agora parecia lhe perseguir por todos os cantos.

E com este estranho pensamento seu alarme finalmente ressoou pelo ainda vazio quarto. Seus olhos se abrindo num movimento calmo e quase que letárgico. Seu corpo parecia amarrado à cama, mas com algumas tentativas a mesma finalmente se levantou de seu profundo sono. Entrando em seu pequeno banheiro que acompanhava o quarto ela se preparou para seu banho matinal. Os pequenos galhos de lavanda da qual ela sempre cuidava haviam sido cirurgicamente cortados e colocados junto à água morna da banheira. O vestido de linhos da noite anterior, jogado de lado, e finalmente, seu corpo submerso pelo calor que a água emanava. Todos os seus músculos pareciam finalmente relaxados após tantos sentimentos estranhos, e com sua cabeça levemente afundada na água Krahe podia ouvir os barulhos

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