ꕤ.

lucas ficou mais tranquilo depois que eu garanti que os pais do arthur e o irmão dele estariam na casa do garoto, mas ainda assim fez questão de ir me levar.

— tchau pessoal, até mais tarde — me despeço novamente de todo mundo e ando até o carro.

— posso estar parecendo maluco — lucas começa, depois de um longo jogo do silêncio. — mas é porque eu me importo com você e não quero que se machuque.

— eu sei disso lucas, mas eu não vou me machucar. somos só amigos — respondo.

— e você quer ser só amiga dele? — essa me pegou desprevenida. eu realmente não sei o que responder.

desvio o olhar de seu rosto e respiro fundo.

— seu silêncio diz muita coisa, maninha.

— para — ele ri fraco. — to tentando pensar nisso, mas assim eu não consigo.

— admite que você tá apaixonada por ele — cruzo os braços e volto a encarar ele.

— até agora você tava com medo de me ver com o arthur, agora tá torcendo por isso? — ele dá de ombros. incompreensível.

ele foi o resto do caminho me bajulando para contar o que eu sentia pelo arthur.

— lucas, eu te amo, mas você tá me estressando — ele ri.

— chegamos — me ignora e destrava a porta do carro. — você liga para eu vir buscar?

— eu não, vou ligar para a mayara — ele abre a boca, indignado.

— beleza valentina, beleza — rio e desço do carro.

— tchau lucas seu lindo — mando beijinhos.

— vai tomar no seu cu — grita e sai cantando pneu. rio sozinha e ando até a casa do garoto.

toco o interfone e espero do lado de fora. alguém destranca o portão, depois ouço um barulho de chaves e logo a porta é aberta pelo arthur, atrás dele está um cachorro lindo.

— meu Deus que amor — corro abraçar o animalzinho, que pula todo feliz por estar recebendo carinho.

— cara, nem um abraço — arthur choraminga.

— oi, dramático — aceno para ele do chão. arthur estende a mão e eu a seguro, ele me puxa para ficar de pé e logo me abraça.

apoio meu rosto na curva do seu pescoço, só para sentir o cheirinho do perfume dele.

— amo seu cheiro — sussurro, na esperança de que ele não tenha escutado, mas sinto ele sorrir.

— eu amo seu jeitinho — sussurra de volta e se afasta poucos centímetros no momento de me ver com o rosto corado. — opa, te fiz corar — reviro os olhos e ele ri.

— bora casal — joão grita do pé da escada e eu me assusto. — não quero ficar de vela para vocês, subam — a gente ri e obedece.

— ah, eu nem cumprimentei sua mãe — observo.

— ela não tá em casa — cruzo os braços. — foi no mercado comprar umas coisas para a gente comer — explica e eu assinto.

conversamos por quase um tempo sobre diversos assuntos, nem parece que a gente se vê todo dia da semana.

— arthur, cheguei — ouço a mãe dele.

— vamos lá ver ela? — peço, animada.

— aqui tá tão bom — ele está deitado na minha barriga, mexendo no celular enquanto eu faço carinho em seu cabelo e procuro algo para a gente assistir.

— então eu vou sozinha — ameaço levantar e ele me abraça forte, me tirando todas as vontades de sair dali.

— o que disse? — sussurra bem perto do meu rosto.

uma súbita vontade de beijar ele me invade, então desvio o olhar para conter isso.

ele solta um risinho pensando que me ganhou, mas aproveito do seu momento de vanglorização para empurra-lo de cima de mim.

— ai, valeu isso não — eu rio e ando até a porta. — ajeita teu short — pede e eu vejo que está amassado na bunda.

— tava olhando para a minha bunda? — ele arregala os olhos e cora. — um a um, também te fiz corar — rio e saio do quarto. queria ser independente e ir sozinha, mas tenho vergonha então fico esperando ele na escada.

— vamos? — agarra meu braço e eu nego rindo.

seguimos para a cozinha, que até minutos atrás eu nem sabia onde era, e encontramos a mãe do arthur lá mexendo o que parecia ser uma massa de bolo.

— oi mãe — ele chama atenção dela, mas a mulher não se vira.

— ai que bom arthur, me ajuda aqui, daqui a pouco sua namorada chega e eu não terminei o bolo — ele arregala os olhos e eu rio fraco.

— mãe? — ela se vira e nos vê juntos.

— meu Deus, filho! por que não me avisou que ela já tinha chegado? — a mulher vem me abraçar e arthur revira os olhos rindo.

pulamos as apresentações formais, já que ela me chamou de nora.

— oh meu bem, eu não terminei o bolo ainda — ela se desespera.

— não tem problema dona valéria — arthur me guia até a mesa e puxa uma cadeira para mim.

— me chame só de valéria, querida — assinto com um sorriso.

— quer ajuda, mãe? — o garoto pergunta. ele está de pé, atrás da minha cadeira, com os braços apoiados nos meus ombros.

— não precisa, filho — ela responde enquanto tenta fazer três coisas ao mesmo tempo. ela claramente precisa de ajuda.

olho para o arthur, que já me olhava, aponto com a cabeça para sua mãe e ele assente. me levanto e pego uma das coisas que ela estava fazendo, ele pega outra e dividimos as tarefas.

com isso acabamos a massa bem mais rápido. colocamos para assar e nós duas ficamos conversando enquanto o arthur lavava a louça.

— vocês fofocando e eu lavando a louça, bonito né — ele resmunga e eu rio.

— podem subir, eu acabo ai — ele agradece sua mãe e vem até mim.

— bora, gatinha — sorrio e sigo ele até seu quarto.

gente eu to derretendo, mas não falo que prefiro o frio.

não gosto de tempestade, os trovões me assustam🤕🤕

minha internet tá acabando😭😭😭

eu ia postar ontem, mas meu celular tava 2%

críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas se for me ofender peço que guarde sua crítica para você! obrigada <3

não se esqueçam da estrelinha, ajuda muito! :)