ꕤ.

é véspera de natal. nem acredito.

a ceia vai ser na gh. a família dos meninos estão todas ai. vai ser algo mais entre os emuladores, o evento com toda a loud aconteceu hoje a tarde.

minha mãe já conheceu os meninos e a alana, fez amizade com todos.

alana disse que está vindo aqui para se arrumar comigo. eu convidei ela, já que os pais dela foram fazer outra viagem de "negócios".

— oi, alana! — minha mãe cumprimenta a garota na porta e eu ando até elas.

— oi tia — as duas se abraçam.

— bom, vou deixar vocês se arrumarem — a mulher sai do caminho e vai para a cozinha ajudar a may.

— oi — ela me olha nos olhos.

— me abraça — a garota pede e se joga em meus braços.

sabia que tinha alguma coisa de errado.

— vamos lá para cima — digo depois de um tempo abraçadas.

subimos para o meu quarto, fechei a porta atrás e nós e sentamos na cama.

— o que aconteceu? — ela respira fundo.

— quer que eu comece por onde? — a garota me olha e sinto que ela vai chorar.

abraço novamente e faço carinho em sua cabeça.

— calma, eu to aqui — sussurro e ela começa a chorar. — leve o tempo que for necessário para se recompor e me explicar o que aconteceu. estarei aqui.

alguns minutos depois ela consegue se acalmar e se separa de mim.

— eu e o henrique não estamos mais juntos — eu já imaginava. — foi uma decisão de ambos, mas ainda doeu — assinto.

apesar de sempre ter torcido para eles ficarem juntos, eu sinto que esse foi o melhor para ela.

— também tem o fato dos meus pais terem ido viajar na véspera do natal e não terem me levado! — sinto uma pontada no peito. — tudo bem, eu não sou a filha perfeita, mas eu me esforço! — ela diz e respira fundo para não voltar a chorar.

eu nem imagino o peso que ela carrega sendo filha única. os pais dela além de rígidos, não parecem ligar muito para ela. a mãe dela é mais próxima da garota, conversa e tudo, mas o trabalho é sempre a prioridade deles, e isso afeta muito a alana.

— não me deixaram nem presente. eu simplesmente acordei e não tinha ninguém em casa — ela suspira. — me senti naquele filme... qual o nome? — a garota me olha, como se eu soubesse qual filme ela estava pensando. mas, na verdade, eu sabia.

— esqueceram de mim — respondo e ela assente.

— exatamente — rimos fraco. — por que? por que nada dá certo?

— calma, alana! — abraço a garota novamente. — vai ficar tudo bem. eu to aqui! vamos passar o dia juntas, hoje e amanhã. lá na gh. vai ser incrível — beijo sua testa e a garota sorri de leve.

— eu não sei o que eu seria sem você — admite e eu sorrio. — de verdade. você é mais do que uma amiga, valen. eu te amo muito!

envolvo a garota em mais um abraço enquanto sorrio por a ouvir dizer isso.

— eu também te amo muito.

[...]

esconder a cara de choro da alana provavelmente foi a pior parte, tirando o momento que eu percebi que não tenho quase nada vermelho para combinar com o clima.

— já agradeceu por me ter como amiga? — alana aparece atrás de mim e eu pulo de susto.

— já. todos os dias. mas, por que?

— trouxe um vestido para você — ela sorri. — eu comprei quando fui viajar com meus pais, mas não serviu direito em mim. vai ficar perfeito em você! — estende uma sacola com um laço.

abro a embalagem e pego o vestido. ele é lindo! longo e com uma fenda na perna direita. sem muito segredo. mas lindo.

— esse vestido é incrível!

— e vai ficar ainda mais incrível em você! experimenta — alana pede e eu sorrio.

provo o vestido e, por um momento, me sinto linda.

— uau — a garota me olha, analisando cada parte do look. — você ficou linda!

— obrigada! -—minha amiga me abraça. — você me salvou! prometo te devolver inteiro depois da festa — ela nega.

— o vestido ficou mil vezes melhor em você, e eu não gsoto muito de roupa longa — ela explica. — pode ficar. é presente. de natal — sorri.

— não, eu não posso aceitar — a garota nega novamente.

— vai recusar um presente de natal? — suspiro e deixo um pequeno sorriso escapar. — e você tá deslumbrante nele! não é um pedido, é uma ordem. fica com o vestido.

— já te disse que você é incrível? — rimos.

— algumas vezes — abraço ela.

— obrigada, obrigada, obrigada!

terminamos de nos arrumar e logo descemos para ir para a gh. alana estava com um vestido também vermelho, mas um pouco mais claro, e consideravelmente mais curto que o meu.

— caraca, vocês estão ótimas! — minha mãe é a primeira a nos elogiar. seu alto tom de voz atraí todos os olhares para nós.

— porra — meu irmão abafa o palavrão com um sussurro.

— que isso gente, não é para tanto — rio de vergonha.

— é sim, estamos lindas, deixa eles falarem — alan faz pose e eu rio de sua audácia.

depois de todos nos elogiarem e o davi grudar no meu cabelo umas três vezes enquanto eu segurava ele para o pessoal colocar as coisas no carro, nós finalmente saímos de casa.

o caminho até a gh é um pouco longo, mas eu e alana fomos conversando o rindo o tempo todo. quando meu pai parou o carro na frente da enorme mansão eu nem percebi que já tínhamos chegado.

— vocês vão se assumir essa noite, não vão? — alana pergunta e eu arregalo os olhos.

— puta merda, eu tinha esquecido disso — ela ri fraco. — que medo agora.

— medo do que?

— de ser odiada pelo fandom — a garota ri novamente.

não tem graça.

olá fãs.

capítulo meio estranho... mas é o q temos.

depois eu preciso falar c vocês :)
vou postar um recado, espero q todos leiam.

críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas se for me ofender peço que guarde sua crítica para você! obrigada <3

não se esqueçam da estrelinha, ajuda muito! :)