ꕤ.

Acordo com meu celular despertando com uma notificação "se arrumar para a virada". Quem fez isso?

Levanto e vou tomar um banho

Quando volto para o quarto com a toalha cobrindo somente da minha cintura para baixo, vejo Valentina se maquiando.

— Oi — cumprimento ela e beijo o topo de sua cabeça.

— Oi lindo. Desculpa invadir seu quarto — ela pede enquanto termina de espalhar alguma coisa no rosto e me olha. — É que a Alana tá usando o espelho do meu.

— Sem problemas, pode ficar — ela sorri e me dá um selinho rápido.

— Obrigada.

Deixo ela se maquiando e vou me trocar. Coloco uma bermuda branca e uma blusa também branca, com um desenho atrás.

Entro no banheiro e, enquanto escovo os dentes, tento pentear meu cabelo. Spoiler: não deu certo. Faço uma coisa de cada vez e quando termino passo um perfume.

Quando saio Valentina já está quase pronta.

— Lembra quando eu te ensinei a fazer chapinha? — ela me olha. Penso um pouco e logo me recordo, então assinto para ela. — Ótimo, vou buscar a chapinha e você vai fazer no meu cabelo.

— O que? — me desespero, mas ela já saiu do quarto.

Se eu queimar o cabelo dela, ela queima meu pau.

— Eu não tenho certeza se consigo fazer isso, amor — ela está sentada novamente, passando algo em seus cílios.

— Faça do jeito que você souber, só não me queima — respiro fundo. Qual é, eu consigo.

Vinte minutos depois o cabelo dela está pronto.

— Ficou ótimo vida, obrigada — sorrio e beijo seus lábios.

Valentina ganhou um gloss novo que ela dificilmente usa. Ainda não tinha descoberto o sabor dele até o momento. É de cereja.

Era para ser só um beijinho, mas ela agarrou meus cabelos com uma mão e com a outra segurou meu rosto. Minhas mãos foram parar em sua cintura e bochecha.

Aprofundei o beijo e senti a respiração dela ofegante.

Eu poderia beijar ela o tempo todo. Valentina tem um gosto de menta muito bom, acho que é porque ela está sempre com um chiclete na boca.

Quando nos separamos por falta de ar ela estava sorrindo.

— Vamos, temos que descer para comer alguma coisa antes de ir para a praia — ela se vira para a penteadeira onde tinha deixado suas coisas. A garota retoca o gloss e fica ajeitando o cabelo umas mil vezes.

Dou um tapa de leve na sua bunda que estava virada na minha direção e ela me olha pelo espelho com a sobrancelha franzida. Era para parecer irritada, mas ela só me fez rir e bater novamente.

— Para, Arthur — resmunga, mas sorri.

— Então vamos logo — ela estala a língua e anda em direção a porta.

Sigo ela e, a vendo de pé, consigo reparar em sua roupa. Ela está usando um vestido branco curtinho. As costas completamente expostas. Em seu pé, um salto prata. Ela está linda, como sempre.

Quando chegamos na sala me vi cercado da minha família. Jon, Nara, Lucca, Dacruz, João Lucas, Mayara, Davizinho, Alana, Alice, Flávia, João, minha mãe, meu pai, e meus sogros. Família.

Sentei ao lado do meu irmão, que conversava com o Jon sobre alguma coisa que eu não entendi. João Lucas me puxou para a sua conversa com o Lucca sobre algum camp e me entreti naquilo.

Um tempo depois fomos comer e, antes das onze e meia, fomos para a praia.

Apesar de ser um lugar muito comum para as pessoas passarem a virada, a praia não estava tão lotada quanto eu imaginei.

Tiramos algumas fotos e passamos o tempo jogando conversa fora.

Quando a contagem regressiva se iniciou do dez nós nos juntamos e olhamos para o céu enquanto contávamos. Novamente, me vi perdido na imensidão do momento.

É aqui que eu quero estar no ano seguinte. Com essas mesmas pessoas, sentindo a mesma coisa. Não só no ano seguinte, como no próximo e no próximo.

— Cinco, quatro, três, dois, um! — todos contamos juntos. — Feliz ano novo!!!

Os fogos se iniciaram e, diferentemente do natal, nós nos juntamos todos em um abraço coletivo. Depois, distribuímos abraços individuais.

— Feliz ano novo, mãe — abraço a mulher da minha vida e sussurro para ela.

— Feliz ano novo, Arthur — ela beija meu rosto e sorri. — Obrigada por ser meu orgulho.

— Obrigada por tudo. Principalmente por ter acreditado em mim desde o começo.

— Sempre acreditamos em você — meu pai surgiu e nos abraçou. — Feliz ano novo, filho.

— Feliz ano novo, pai.

Desejo a mesma coisa para todo mundo ali e, novamente, deixo a Valentina poe último.

Antes de dizer alguma coisa ela segura minha mão e nos puxa para longe dali.

Começamos a caminhar em silêncio pela areia até chegarmos ao local onde eu fiz a surpresa do aniversário dela.

Nos sentamos em uma pedra que tinha ali e senti a garota deitar sua cabeça no meu ombro.

— Feliz ano novo, Arthur Fernandes.

— Feliz ano novo, Valentina Borges.

Ela me olha com um sorriso lindo e os olhinhos brilhando.

— Eu te amo — sussurramos ao mesmo tempo. Rio fraco e puxo ela para um beijo.

Agora o gloss dela está mais reforçado, o que a feixa com um ótimo gosto de cereja.

Beijo seus lábios com a mesma intensidade que a beijaria se fosse nosso último beijo. Seguro em sua cintura e a trago para mais perto de mim.

Me separo de seus lábios e traço um caminho de beijos de sua mandíbula até o seu pescoço. Ela suspira e levanta minha cabeça para me dar mais um selinho.

— Obrigada por esse ano incrível — sorrio seguro suas mãos.

— Obrigada por tudo.

Ficamos mais um tempo ali e logo voltamos para nossa família. Não ficamos até muito tarde na praia para não correr nenhum perigo.

Quando chegamos em casa eu tomei um banho e me deitei. Estava rolando as postagens dos famosos no insta quando alguém bateu na porta.

Pedi que entrassem e Valentina passou pela porta.

— Posso dormir aqui? — ela pede, com carinha de sono.

— Claro — dou espaço para ela, que sorri e vem se deitar ao meu lado.

Ela estava usando somente uma camiseta de time e uma calcinha de renda. Altas chances da camisa ser minha, mas tudo bem.

Ela se agarrou a mim e, com um sorrisinho, me deu um selinho.

— Boa noite, amor — fecha os olhos e encosta a cabeça no meu peito.

— Boa noite, linda.

Antes de dormir repasso o ano que se foi na minha cabeça e sorrio ao perceber o quanto minha vida mudou.

Mudou para muito melhor. E eu sou extremamente grato por isso.

oi, apareci.

NÃO AGUENTO MAIS A FALTA DE SONO E DE CRIATIVIDADE.

comprei dois livros essa semana.

amanhã tem aula💔💔

críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas se for me ofender peço que guarde sua crítica para você! obrigada <3

não se esqueçam da estrelinha, ajuda muito! :)